A química
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As três cofundadoras do Projeto Escrita Criativa: Ayumi Teruya, Ane Venâncio e eu. Inscreava-se aqui. |
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Foto de Stijn Swinnen, via Unsplash. |
Em tempos tão bélicos, a busca vira luta, batalha em trincheiras sem garantias de vencedores ou perdedores. Acordos diplomáticos são lançados ao vendaval catártico e, sem que se pense duas vezes, me vejo atirada ao chão. Balas perfuram o meu corpo violentamente, e tudo o que eu desejo é o pleonasmo de um fim que, de fato, se finde. O caos está longe de ser criativo. O desejo está longe de trazer tesão. Dor. Apenas a dor do medo. Apenas o medo da dor. Minha mente quer estancar tudo isso, mas meu corpo fora atingido. Soldier down, honey. Soldier down. É impossível me mover. É impossível pedir ajuda. Minha voz não sai, e mesmo que saísse, ninguém a escutaria. A esta altura, é improvável qualquer mísero movimento. Meus músculos não respondem mais ao comando do meu cérebro. Mesmo que respondessem, seria inútil. Meu cérebro desistiu de tudo. Melhor dizendo, meu cérebro desistiu de mim. Minhas sinapses estão exaustas de tanto lutar. Mais balas me atingem. Elas são cada vez mais velozes. Eu estou no chão. Eu continuo no chão. Meus pulmões se movem: o ar não vem. O vazio não se preenche do meu sangue: as minhas vísceras não se espalham. O fim não se finda. Balas seguem me atingindo. Há desespero na falta de explicação. Até a loucura seria uma alternativa mais simples. Corpo quente no solo frio. Tento mudar de estratégia: agora são bombas e mais bombas. Ninguém procura por ninguém: não há melhores amigos, tampouco desconhecidos, advogados, líderes espirituais, familiares ou qualquer quem que valha. Nunca houve coerência nos atos bélicos. Não há meios de descomplicar o confronto. Marte segue orbitando o Sol. Morro, entretanto continuo viva. Continuo viva.
Talvez, se eu tiver alguma espécie de sorte, os escombros se transformem em adubo.
Vem conhecer o parque Severo Gomes. 💚🌳 |
Na entrada do parque há este banner com o mapa de localização.📌 |
E também há outro banner explicando sobre a bacia hidrográfica e o córrego Judas.🌊 |
Córrego Judas. |
Trilha de caminhada 🏃 |
Outro trecho da trilha.🏃 |
Uma das plaquinhas de sinalização de fauna. |
Minha visão de quando estava sentada em um dos banquinhos. |
Eu, bem millennial que não sabe fazer pose. 😂😅 |
É claro que eu tinha que abraçar uma árvore! 🌳 |
A gentileza mora no delicado do acaso. |
Imagem por Francesco Ungaro, via Pexels. |
Este texto nasceu da proposta de escrita do Projeto Escrita Criativa, cujo tema é: as palavras que ninguém diz. Para conhecer mais do Projeto, clique aqui. |
Vem saber como foi o show do Nick! 💚 |
Larger than life 💚 |
Lia e eu. Foto tremida e feliz. 💚 |
Da esquerda para a direita: Jake, Brogan, Nick e Zoux. |
Esse casaco durou uma música, porque é verão. 😂 |
Da esquerda para a direita: Pete, Jake, Nick e Brogan. (O que dizer dessa camisa meio Agostinho Carrara, meio Silvio Santos? 😂) |
A guitarra verde veio 💚 (quem acompanhou a compra dela lá no Instagram?) e a bandeira do Brasil no palco 😍 |
“Trabalhe nos seus pontos de escola, faça exame, isso é vida e é lindo viver, depois volte pros poemas e pro pensamento literário. Momentos de infecundidade toda gente tem, não se incomode com eles. E se acabar a poesia (o que pea mim é muito possível que aconteça breve, tais as indecisões e os problemas que me agitam e a que não encontro solução) volte pra prosa, crítica, e ficção isso não acaba mesmo nunca e nesse terreno quase tudo está por fazer entre nós. Não desanime por favor, isso é burrada grossa.” (Mário de Andrade, carta 8 — página 79)
“Agora Carlos, como cada carta de você me entristece! Palavra de honra que eu não queria que você fosse assim tão desalmado pra consigo mesmo. Uma coisa abatida, uma coisa amolecida na vida… Você sabe o que que eu tenho vontade de pedir de pra você? Quem sabe se você quer experimentar isso? Minta que é alegríssimo, que é forte, que tem coragem de encarar tudo com risada na boca, minta Carlos. Te juro que você acaba acreditando nisso e ficando feliz. Por outra: feliz não é bem o termo porque você nunca me falou propriamente que é desinfeliz. Nem triste propriamente a não ser em casos dolorosos onde só mesmo a tristeza cabe e eu também fico triste. O que me dá tristeza é o abatimento, a falta de coragem, a falta de seriedade. Não sei bem se você já reparou vem como a seriedade é um caso sério mesmo. Matute nisso”. (Mário de Andrade, carta 32 — páginas 166 e 167)
“Pra mim são tão importantes como escrever um romance ou sofrer uma recusa de amor. Tudo está em gostar da vida e saber vivê-la. Só há um jeito feliz de viver a vida: é ter espírito religioso. Explico melhor: não se trata de ter espírito católico ou budista, trata-se de ter espírito religioso com a vida, isto é, viver com a religião da vida. Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente”. (Mário de Andrade, carta 1 — página 19)
Foto de Nias Nyalada, via Unsplash. |
Foto de Fabrizio Conti, via Unsplash. |
● Novidade no ar! YAY! ● |
Pausando as andanças para registrar o que há de bonito por aí. |
Caminhos. A vida está nos trilhos? |
Um poema da Stephanie Borges colado no poste. |
Bonito, não? a @ está clarinha, mas quem fez foi a @pontoemverso. |
A natureza é tão bonita que sempre me espanta de um jeito bom. |
Todos os caminhos nos levam para casa. 💚 |
Veja também: outras edições do Pausa para Respirar:
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